quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A Vida Quotidiana em Roma

Roma era, para a época, uma cidade gigantesca com mais de um milhão de habitantes. Os mais ricos viviam em casas sumptuosas (domus, moradias com jardins, piscinas, pátios interiores e galerias com arcadas. A plebe amontoava-se nas «ilhas» (insulae). Tinham vários andares e era preciso descer ao rés-do-chão para ir buscar água. a superlotação das casa e a fragilidade da sua construção procavam frequentes derrocadas e incêndios.

A Domus e a Insulae






Roma tinha cerca de 85 Km de ruas. Só as principais eram empedradas e cuidadas. As restantes eram imundas, mal iluminadas e perigosas.

O seguinte documento descreve a vida em Roma

« Vivemos numa cidade onde as casas, na sua grande maioria, são construídas com finas vigas de madeira. Deste modo, são frequentes os desmoronamentos e os incêndios. Quem me dera viver nos arredores, onde não estivesse permanentemente sob a ameaça dos fogos! (...) Em que andar alugado é possível dormir em sossego? É preciso ser-se rico para poder dormir sem barulhos, em calmas vivendas (...). A passagem das carroças nas ruas estreitas, ou as discussões por causa de um rebanho que não avança tiram o sono a qualquer um.

O rico quando tem pressa, consegue passar rapidamente por entre a multidão na sua liteira. Mas eu, não consigo avançar por entre o rio humano que me comprime e empurra. (...) E, se isto não bastasse, há ainda outro género de perigos aos quais estamos expostos, quando caminhamos, de noite, pelas ruas: frequentemente, das janelas, das varandas ou dos telhados tombam tijolos, vasos ou telhas que nos podem esmagar o crânio. (...) Podemos dar-nos felizes se apenas apanharmos com o conteúdo de uma bacia em cima! (...) e não falemos de outras desgraças (...) Pode acontecer também que nos apareça pela frente um bandido, de faca em punho (...).»<